"De madrugada essa mulher faz tanto estrago. Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar. Ah, como essa louca se esquece, quanto os homens enlouquece nessa boca, nesse chão. Depois parece que acha graça e agradece ao destino aquilo tudo que a faz tão infeliz. Essa menina, essa mulher, essa senhora em que esbarro toda hora. No espelho casual é feita de sombra e tanta luz, de tanta lama e tanta cruz que acha tudo natural" (Elis em Essa Mulher).
É o grito da Dona moral Todo dia no ouvido da gente
É que eu estou pela vida na luta Eu também sei
E meu caminho eu faço Nem quero saber que me digam dessa lei
É que sinto exatamente Aquilo que sente qualquer um que respira
Uma perna de calça Não dá mais direito a ninguém
De transar o que seja viver
Que uma mulher pode nunca é deixar

"Sou bem mulher de pegar macho pelo pé. Reencarnação da Princesa do Daomé. Eu sou marfim, lá das Minas do Salomão. Me esparramo em mim, lua cheia sobre o carvão. Um mulherão, balangadãs, cerâmica e sisal. Língua assim, a conta certa entre a baunilha e o sal. Fogão de lenha, garrafa de areia colorida. Pedra-sabão, peneira e água boa de moringa. Sou de arrancar couro..." (João Bosco)
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